No discurso do primeiro-ministro de Israel na ONU, delegações do Brasil e de outras nações deixam o plenário em protesto

  • 28/09/2024
(Foto: Reprodução)
Benjamin Netanyahu disse que o país se defende de inimigos que querem sua aniquilação e afirmou que o Irã terá resposta armada se atacar os israelenses. Benjamin Netanyahu faz discurso na Assembleia Geral da ONU Na sede das Nações Unidas, em Nova York, depois ter sido alvo de críticas de outros líderes mundiais desde a abertura da Assembleia Geral, nesta sexta-feira (27) foi a vez de Benjamin Netanyahu discursar. O primeiro-ministro israelense encontrou uma parte do plenário vazia. Pelo menos 12 países - entre eles, nações árabes - retiraram diplomatas da assembleia em sinal de protesto. O Brasil, que tem como tradição acompanhar todos os discursos, instruiu os diplomatas a deixarem a sala antes de Benjamin Netanyahu entrar e retornarem ao fim do discurso. Segundo o Itamaraty, a decisão foi um protesto ao que chamou de "resposta desproporcional de Israel aos ataques terroristas que aconteceram em outubro do ano passado”. Benjamin Netanyahu subiu ao palco sob aplausos e vaias. O presidente da Assembleia Geral teve que pedir três vezes para que a plateia mantivesse a ordem. Só então, o premiê começou o discurso. Netanyahu disse que Israel enfrenta inimigos que buscam a aniquilação de Israel e que o país tem o dever de se proteger de assassinos selvagens. “Quando eu falei aqui no ano passado, um acordo entre a Arábia Saudita e Israel parecia mais próximo do que nunca, mas então veio a maldição de 7 de outubro. Milhares de terroristas do Hamas, apoiados pelo Irã, invadiram Israel da Faixa de Gaza e cometeram atrocidades inimagináveis. Eles assassinaram selvagemente 1,2 mil pessoas. Eles estupraram e mutilaram mulheres. Eles decapitaram homens. Eles queimaram bebês vivos. Eles queimaram famílias inteiras vivas, bebês, crianças, pais, avós, em cenas que lembram o Holocausto nazista", declarou Netanyahu. Israel x Hezbollah e bombardeios no Líbano: entenda o mapa do conflito no Oriente Médio O primeiro-ministro lembrou que o grupo terrorista Hamas sequestrou mais de 250 pessoas. Dezenas ainda estão em cativeiro na Faixa de Gaza. Familiares de reféns estavam presentes na plateia. "Quero garantir a vocês que não descansaremos até que os demais reféns sejam trazidos para casa", afirmou o premiê. O primeiro-ministro israelense declarou que a guerra pode acabar agora: "Tudo o que tem que acontecer é o Hamas se render, entregar suas armas e libertar todos os reféns". Netanyahu afirmou ainda que não quer reocupar Gaza depois da guerra. Segundo ele, o território deverá ser desmilitarizado. O premiê se opôs a qualquer governo controlado pelo Hamas e disse que apoia uma administração civil comprometida com a coexistência pacífica. Netanyahu destacou que, além da guerra contra o Hamas em Gaza, Israel precisa se defender do Irã e de grupos armados financiados pelo regime iraniano. Ele disse: "Em abril, pela primeira vez, o Irã atacou Israel diretamente do seu próprio território, disparando 300 drones e mísseis contra nós. Tenho uma mensagem para os tiranos de Teerã. Se vocês nos atacarem, nós atacaremos vocês. Não há lugar no Irã que Israel não possa alcançar, e isso vale para todo o Oriente Médio”. Sobre o conflito com o Hezbollah, no Líbano, Netanyahu afirmou que o grupo extremista disparou mais de 8 mil foguetes contra Israel desde outubro de 2023. Ele se dirigiu diretamente ao povo libanês: "Não estamos em guerra com vocês. Estamos em guerra com o Hezbollah, que sequestrou seu país e ameaça destruir o nosso”. No discurso do primeiro-ministro de Israel na ONU, delegações do Brasil e de outras nações deixam o plenário em protesto Jornal Nacional/ Reprodução Netanyahu disse que não vai tolerar um exército terrorista perto da fronteira norte de Israel e enfatizou: "Enquanto o Hezbollah escolher o caminho da guerra, Israel não tem escolha, e Israel tem todo o direito de eliminar essa ameaça e levar nossos cidadãos de volta para casa em segurança. E é exatamente isso que estamos fazendo”. Netanyahu disse que não pretendia ir para a Assembleia Geral de 2024 porque o país dele está em guerra, mas que mudou de ideia quando acompanhou os discursos dos outros líderes estrangeiros e decidiu fazer o discurso pessoalmente para, nas palavras dele, “desmentir o que estava sendo dito sobre a guerra”. No Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a chave para a paz no Oriente Médio é uma solução política. Ele pediu a libertação imediata dos reféns israelenses e que a comunidade internacional se mobilize para garantir um cessar-fogo e uma solução de dois Estados – um israelense e um palestino. LEIA TAMBÉM 'Estamos vencendo', diz Netanyahu na ONU; delegações abandonam Assembleia Geral em protesto Brasil deixa plenário antes de Netanyahu discursar na Assembleia Geral da ONU Delegações diplomáticas deixam sala das Nações Unidas no início do discurso de Netanyahu Primeiro-ministro da Autoridade Palestina pede fim da guerra em Gaza e condena ajuda a Israel

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/09/27/no-discurso-do-primeiro-ministro-de-israel-na-onu-delegacoes-do-brasil-e-de-outras-nacoes-deixam-o-plenario-em-protesto.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes